MP recomenda reforma urgente em escola de Duque Bacelar

MPMA00

O Ministério Público do Maranhão (MPMA) recomendou ao Município de Duque Bacelar a adoção imediata de medidas para reformar a escola Centro de Ensino Professor Luís Viana, após constatar graves irregularidades na infraestrutura que comprometem a segurança e a qualidade do ambiente escolar.

Durante vistoria realizada no local, foram identificados problemas como fiação elétrica exposta, quadra de esportes sem cobertura, sanitários inoperantes, paredes rachadas, infestação de cupins, livros desorganizados, rampas de acesso danificadas e janelas quebradas.

O município tem o prazo de 45 dias para apresentar um relatório detalhado, acompanhado de fotografias, comprovando as ações realizadas para corrigir as falhas. O não cumprimento da recomendação poderá resultar no ajuizamento de uma ação civil pública contra o prefeito e o secretário de Educação.

A recomendação é do  promotor de justiça Rodrigo de Vasconcelos Ferro.

Cade, CGU e PRF deflagram operação no MA e outros estados para apurar fraudes em licitações

Foto Reprodução

Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) deflagram, nesta quarta-feira (4), operação Novo Rumo para apurar suposto esquema de cartel e de fraudes em licitações públicas nas contratações de obras e serviços de engenharia rodoviária. Os valores homologados nas licitações analisadas totalizam quase R$ 9 bilhões.

A operação de busca e apreensão ocorre em sedes e filiais de empresas do setor de construção civil nos estados de Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Pará e Maranhão. Cerca de 30 profissionais do Cade atuam diretamente na ação, além de 24 servidores da CGU, 41 da Polícia Rodoviária Federal e representantes da Justiça Federal.

A diligência é decorrente de análise conduzida pela Superintendência-Geral do Cade (SG/Cade), que teve início em indícios revelados em relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), referente a pregões eletrônicos promovidos pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) entre os anos de 2019 e 2021, especialmente no mercado de em três mercados principais: poços, cisternas e pontes.

A partir desses elementos trazidos pelo TCU, a SG/Cade ampliou o objeto e o período de investigação. Assim, entre 2018 e 2023, foram identificados indícios de atuação coordenada de um conjunto de empresas no mercado de obras e serviços de engenharia rodoviária, em licitações conduzidas pela Codevasf e pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

O levantamento feito pelo Cade utilizou dados públicos de contratações, técnicas econômicas, econométricas e de ciência de dados, incluindo aprendizado de máquina (machine learning), com o intuito de avaliar quantitativamente o risco de existência de cartel.

Os indícios apontaram para um conjunto de 12 empresas que se destacaram nos indicadores de risco para formação de cartel e, constatados indícios robustos de cartel, será instaurado processo administrativo.

Após a instrução processual, a Superintendência-Geral do Cade emitirá nota técnica e remeterá o caso ao Tribunal da autarquia para julgamento, que decidirá. A corte poderá decidir pelo arquivamento dos autos ou pela condenação dos investigados, caso seja configurada a infração à ordem econômica.

As condenadas por prática de cartel estão sujeitas ao pagamento de multas que podem variar entre 0,1% e 20% do faturamento bruto da empresa, grupo ou conglomerado obtido no ano anterior ao da instauração do processo administrativo, no ramo de atividade em que se deu a infração. Já as pessoas físicas estão sujeitas a multas de R$ 50 mil a R$ 2 bilhões.

Essa é a primeira vez que CGU e CADE realizam uma operação conjunta dessa natureza, com base na decisão judicial que autorizou a participação da CGU para dar maior efetividade às ações. A parceria entre as instituições é fruto de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado em novembro de 2023.

Com o objetivo de garantir a segurança das ações, a PRF está presente na operação, atuando no policiamento e na proteção dos demais agentes públicos durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, assegurando um ambiente seguro para a execução das medidas judiciais.

PC faz busca e apreensão envolvendo motoristas da família Braide, “Makilas” e “Guilherme Bucho”

Foto Reprodução

Nas primeiras horas desta terça-feira (06), o Departamento de Combate ao Crime Organizado da Superintendência de Investigações Criminais (DCCO/SEIC) da Polícia Civil do Estado do Maranhão, deu cumprimento a mandados de busca e apreensão contra os dois motoristas da família do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD).

Conforme apuração do Blog do Domingos Costa, os alvos da SEIC são Carlos Augusto Diniz da Costa conhecido como “Makilas” (foto à direta) e também Guilherme Ferreira Teixeira (foto à esquerda), o “Guilherme Bucho”.

“Makilas” é a pessoa que apareceu e se apresentou à Polícia Militar no local onde o veículo Renault Clio, de cor vermelha e placa NXH5E16, foi encontrado na tarde desta terça-feira (30) com mais de R$ 1 milhão em espécie. Os maços de dinheiro estavam escondidos no porta-malas em frente à um condomínio, na rua das Andirobas, no bairro Renascença em São Luís.

“Guilherme Bucho” é o motorista flagrado pelas câmeras de videomonitoramento das proximidades deixando o Renault estacionado no local. Ele chega dirigindo Clio, estaciona e imediatamente entra em outro veículo: um Honda Fit, placa NHJ8667, em nome da senhora Antônia Maria Martins Braide, mãe já falecida do prefeito de São Luís, Eduardo Braide.

A qualquer momento novas informações sobre a busca e apreensão contra “Makilas” e “Guilherme Bucho”…

MPF investiga exploração de indígenas no Maranhão

Foto Reprodução

O Ministério Público Federal, atuando através do procurador da República Hilton Melo, resolveu converter uma notificação de fato em inquérito civil para investigar alegações graves de exploração de indígenas na Terra Indígena Lagoa Comprida, localizada no município de Jenipapo dos Vieiras, Maranhão.

De acordo com a denúncia recebida pela Coordenação Regional da Funai, a Organização do Conselho Geral – Consege relatou que diversos membros da comunidade indígena estão sendo supostamente explorados por comerciantes locais. Esses comerciantes estariam retendo os cartões bancários dos indígenas, impondo dívidas e empréstimos com taxas de juros abusivas, superiores a 70%, tornando-os incapazes de liquidar seus débitos e, consequentemente, subjugando-os a uma condição análoga à escravidão.

O inquérito civil foi instaurado para apurar a fundo as supostas irregularidades e injustiças sendo cometidas contra as populações indígenas.

O procurador Hilton Melo solicitou informações à Superintendência de Polícia Federal do Maranhão sobre as medidas já tomadas em resposta ao ofício anteriormente enviado pela Funai.

O inquérito tramitará na 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF.