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A Polícia Civil do Maranhão deflagrou, nesta sexta-feira (9), uma operação que resultou na prisão de uma investigadora aposentada da própria corporação por envolvimento direto no assalto à base da CEFOR, ocorrido em Bacabal no dia 18 de outubro de 2024. A ofensiva foi conduzida pelo Departamento de Combate a Roubo a Instituições Financeiras (DCRIF/SEIC), com apoio de várias delegacias do interior do estado.
Entre os cinco presos está Antônia Cleide Bezerra de Magalhães, ex-policial civil e tia do líder da quadrilha, já encarcerado por envolvimento em outras ações criminosas. A ex-servidora pública, que deveria estar do lado da lei, agora figura entre os que a desafiam, segundo apontam as investigações.
Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão preventiva. A operação contou com o suporte do Grupo de Resposta Tática (GRT), da DDSD, das Delegacias Regionais de Viana, Bacabal e São Mateus do Maranhão.
As investigações indicam que os presos estavam envolvidos na logística do assalto, reforçando a complexidade e o grau de organização do grupo. A prisão da ex-policial, além de escancarar o nível de infiltração do crime em estruturas outrora confiáveis, é um símbolo do esforço da Polícia Civil em desarticular organizações criminosas, inclusive quando elas contam com o apoio de ex-integrantes da própria corporação.
A Polícia Civil reafirmou que as diligências continuam e que todos os envolvidos no assalto serão responsabilizados na forma da lei. Neste caso, como em tantos outros, o crime não compensa — e, pelos vistos, nem a aposentadoria foi suficiente para evitar o retorno das algemas.