Mega operação interdita quase 50 postos no PI, MA e TO por suspeita de lavagem de dinheiro ligada ao PCC

Foto/Divulgação

Quase 50 postos de combustíveis foram interditados nesta quarta-feira (5) no Maranhão, Piauí e Tocantins. A operação Carbono Oculto 86 investiga um esquema de lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Empresas de fachada, fraude e ocultação de patrimônio

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Piauí, o grupo usava empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs para fraudar o mercado de combustíveis e ocultar patrimônio.

De acordo com as informações checadas pelo g1 PI, a investigação revelou interconexão direta entre empresários locais e os mesmos fundos e operadores alvos da Operação Carbono Oculto, que integrou Receita Federal, Polícia Federal, Ministério Público e Polícia Militar de São Paulo.

O avião do empresário Haran Santhiago Girão Sampaio foi apreendido na operação, segundo o g1 PI. A polícia também apreendeu um Porsche avaliado em R$ 585 mil.

Postos estão localizados nas seguintes cidades:

  • Maranhão: Caxias, Alto Alegre e São Raimundo das Mangabeiras;
  • Piauí: Teresina, Lagoa do Piauí, Demerval Lobão, Miguel Leão, Altos, Picos, Canto do Buriti, Dom Inocêncio, Uruçuí, Parnaíba e São João da Fronteira;
  • Tocantins: São Miguel do Tocantins

G1 PI

Cana, maquininha, fintech: veja caminho usado pelo PCC para lavar dinheiro no MA e mais 9

O caminho do dinheiro do esquema bilionário comandado pelo grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis passava por toda a cadeia produtiva, começando no campo e indo até o coração do mercado financeiro em São Paulo. As informações foram reveladas durante a maior operação contra o crime organizado do Brasil, que ocorreu na quinta-feira (28).

Os investigadores apontam que a facção chegou a controlar 40 fundos de investimento, com patrimônio superior a R$ 30 bilhões, usados para lavar dinheiro, blindar patrimônio e financiar a compra de ativos estratégicos, como quatro usinas de álcool, 1.600 caminhões de transporte e mais de cem imóveis de alto valor.

Segurança do cantor Gusttavo Lima é procurado pela PF

O policial civil Rogério de Almeida Felício, o Rogerinho

Um dos seguranças do cantor sertanejo Gusttavo Lima, o policial civil Rogério de Almeida Felício, o Rogerinho, é procurado pela Polícia Federal nesta terça-feira (17). A operação deflagrada pela PF mira policiais suspeitos de ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Rogerinho está foragido e foi um dos citados na delação do empresário Vinícius Gritzbach, executado com dez tiros na saída do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no mês passado. Segundo a delação, Rogerio é suspeito de ter ficado com um relógio do Gritzbach.

Sete pessoas já foram presas durante a operação, em com o Ministério Público de São Paulo. Um delegado e mais três policiais civis estão entre os presos suspeitos de atuar para o grupo criminoso.

Lúcifer mata 50 membros do PCC e tira vísceras das vítimas

Foto Reprodução

Marcos Paulo da Silva (foto em destaque), conhecido como “Lúcifer”, é uma figura que desperta horror até mesmo entre os criminosos mais endurecidos do sistema prisional brasileiro.

Diagnosticado com psicose e transtorno de personalidade antissocial, ele é responsável por um rastro de violência sem precedentes, confessando, com orgulho, a autoria de 50 assassinatos brutais dentro de presídios de São Paulo.

A história de Lúcifer é uma das mais sombrias do submundo do crime no Brasil, marcada por sua ruptura com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e pela fundação de uma facção ainda mais temida: a Irmandade de Resgate do Bonde Cerol Fininho.

Preso pela primeira vez em 1995, aos 18 anos, por furto e roubo, Marcos Paulo da Silva entrou para o PCC pouco depois de ser encarcerado. Aos 19 anos, ele já era um integrante ativo da maior facção criminosa da América do Sul, participando de ações violentas dentro do sistema carcerário.

Contudo, em 2013, Lúcifer rompeu com o PCC, alegando que a organização havia se desviado de seus princípios originais, focando apenas no lucro e abandonando sua suposta missão de proteção dos presos. Esse rompimento marcou o início de uma onda de terror.

De acordo com a desembargadora Ivana David, do Tribunal de Justiça de São Paulo, Lúcifer passou a ver o PCC como um inimigo a ser exterminado. Em decorrência da rivalidade, o criminoso fundou a Cerol Fininho, um grupo dedicado a eliminar, com requintes de crueldade, integrantes do PCC e de outras facções rivais.

O nome “Cerol Fininho” faz referência à prática de usar linhas cortantes, misturadas com vidro e cola, para ferir os oponentes – uma metáfora para as execuções brutal.

Metrópoles