A maranhense Ary Borges brilhou na Seleção Brasileira feminina marcando um hat-trick (três gols) e ainda dando passe para outro gol na goleada contra o Panamá, na estreia pela Copa do Mundo, nesta segunda-feira (24).
Dino Borges, pai de Ary, contou ao g1 um pouco da trajetória da atleta, que foi criada pela avó e conviveu dos 3 aos 10 anos com a saudade dos pais até ir morar com eles em São Paulo, para onde se mudaram em busca de trabalho. Foi então que Ary começou a sonhar com um futuro no esporte.
“Saí de São Luís quando ela tinha três anos e então eu fiquei mais de seis anos sem vê-la. Ela não tinha uma lembrança. Aí, a avó cuidou dela, mas sempre disse que Ary deveria conhecer os pais. Então ela veio para São Paulo quando eu e a mãe dela nos casamos”, disse o pai.
Em São Paulo, a infância foi difícil, pois Dino não tinha muitos recursos financeiros no trabalho de montagem de móveis planejados. Ainda assim, ele conta que nada faltou para a filha, especialmente os materiais esportivos de que ela precisaria para jogar.
“Tinha dia que ela não tinha passagem, mas a gente se esforçava. Chuteira pra ela, vale transporte, tudo fizemos nesse tempo em que tivemos dificuldades, mas eu fazia o máximo e o impossível para ela não perder treino e as aulas na escola”, contou Dino.
Revelação
Os treinos de Ary em São Paulo eram no Centro Olímpico, clube que a formou como atleta. Depois disso, ela não parou mais de jogar e se encontrou na posição de meia-atacante.
A revelação no futebol profissional aconteceu pelo Sport, e depois Ary jogou no São Paulo em 2019, quando ajudou o time a conquistar o Brasileiro da Segunda Divisão.
G1MA