Empresário envolvido em morte de maranhense em SP é preso após se entregar à polícia

Foto Reprodução

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo confirmou a prisão do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, nesta terça-feira. Sastre Filho se entregou à polícia na segunda-feira, em uma delegacia no bairro do Tatuapé, em São Paulo, após estar foragido desde a última sexta-feira, quando a Justiça decretou sua prisão preventiva.

O jovem empresário é réu por lesão corporal gravíssima e homicídio doloso qualificado, devido a um acidente ocorrido no dia 31 de março. Ele dirigia um Porsche a mais de 110 km/h na Avenida Salim Farah Maluf, na zona leste da cidade, quando colidiu com um Renault Sandero conduzido por Ornaldo Silva Viana, motorista de aplicativo de 52 anos, originário do Maranhão, que faleceu no local.

Além de Viana, Marcus Vinicius Rocha, de 22 anos, passageiro no veículo de Sastre, foi gravemente ferido no acidente, necessitando de cirurgia emergencial para a retirada do baço e passando dez dias na UTI antes de receber alta. Infelizmente, ele teve de retornar ao hospital devido a complicações pós-operatórias.

Em resposta ao ocorrido, o Ministério Público de São Paulo argumentou que o empresário já possuía histórico de envolvimento em acidentes de trânsito e que havia indícios de ingestão de álcool antes do acidente fatal, justificando assim a necessidade de sua prisão preventiva.

Após a prisão, a defesa de Sastre Filho ingressou com um pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), alegando que a medida é “ilegal e desproporcional”. O caso está programado para ser julgado pela Quinta Turma do STJ, composta pelos ministros Daniela Teixeira, Messod Azulay Neto, Reynaldo Soares da Fonseca, Joel Ilan Paciornik e Ribeiro Dantas. Dependendo da decisão, ainda cabe recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Adicionalmente, a conduta dos policiais militares que atenderam a ocorrência e não exigiram o teste do bafômetro ao empresário está sendo investigada através de um inquérito policial militar (IPM).

O caso continua a gerar intensa atenção pública e discussões sobre a segurança no trânsito e a responsabilidade dos condutores em São Paulo.

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