Uma semana após morte de Madine, polícia ainda não sabe quem o jogou na piscina

Maldine Vieira

Exatamente uma semana após a morte do  blogueiro Vinicius Maldine Lima Vieira, 29 anos, a Polícia Civil ainda não sabe em quais circunstâncias o comunicador morreu no último dia 1º de maio da Mansão da Rosana, no bairro do Olho D’água, em São Luís. O laudo do óbito de Maldine atesta afogamento e asfixia.

O jornalista chegou à UPA do Araçagi pouco antes das 14h daquele dia já morto, com aspecto inchado e roxo. Ele foi levado para a unidade de saúde por um homem de nome Allan Damous Lepore, testemunha chave do caso.

Foi Allan que estava sentado no balcão do estabelecimento e testemunhou tudo que aconteceu. O depoimento dele contraria todos os outros que estavam na mesa em que Maldine participava e, também, desmente a versão das pessoas que acompanhavam a vítima.

O Blog do Domingos Costa ouviu 07 (sete) das 10 (dez) pessoas que estavam no ambiente onde Maldine morreu, entre elas, a garçonete “Jacy” que atendia a mesa, o contador Anderson Amorim, o empresário Saymon Aquino, o Polícia Militar Bruno Campelo, a dona do estabelecimento Rosana, a ex-gerente da antiga boate “Virgínia” e Allan Damous Lepore, que estava no balcão ao lado.

Apenas “Bia”, uma garota loira tatuada, que esteve nos últimos momentos de vida de Maldine, disse que não queria falar a respeito pois estava muito abalada.

– Na noite anterior

Blog do DC apurou que Vinicius Maldine tinha bebido na noite anterior e passado por três estabelecimentos, sempre acompanhado do empresário Saymon Aquino e do contador Anderson Amorim.

O trio passou primeiro pela Conveniência Ômega que fica na Avenida São Luís Rei de França, no Turu, em um posto de combustíveis, onde Maldine deixou seu veículo, um Toyota Corolla branco.

No carro de Saymon, uma picape RAM 2500 de cor preta, os três seguiram para o Quatro Bar – na Champs Hall, localizado na Península da Ponta D’areia, e após isso, passaram pela Conveniência Big Boss – na Avenida dos Holandeses, no Calhau.

– Chegada à “Mansão da Rosana”

Pouco antes das 6h da manhã, Maldine, Saymon e Anderson chegaram à “Mansão da Rosana”. No local, ficaram em uma mesa na frente do portão do lado e pediram whisky com o Buchanan’s Deluxe e energético. Logo foram acompanhados por garotas que “atuam” na casa.

Ainda conforme apuração do Blog do DC, por volta das 7h30, chega ao local o Policial Militar Bruno Campelo, amigo de Saymon. Ele chegou para beber junto com o grupo a convite de Aquino.

Após chegar na “Mansão da Rosana”, o PM-MA Bruno pediu pelo seu próprio aplicativo um UBER para o contador Anderson Amorim que alegava cansaço e queria ir embora, por volta das 8h da manhã. E, com a saída de Anserson Amorim, na mesa, então, ficaram Maldine, Saymon, duas garotas e o Policial Militar.

– Maldine sobe para o quarto da loira

Já por volta das 10h da manhã, Vinicius Maldine segue para o segundo andar da “mansão” onde fica o quarto de uma loira de nome “Bia”, que possui inúmeras tatuagens pelo corpo. De lá, ele foi para um quarto ao lado, onde estava uma morena com uma tatuagem na parte superior das costas, identificada por “India”.

Ainda segundo relatos das testemunhas ouvidas pelo Blog do DC, Maldine retorna dos quartos e desce pela escada por volta das 12h. E, minutos após, começa a apresentar comportamentos estranhos, alegando que alguém o estava perseguindo.

Segundo as pessoas da mesa, ele falava frases desconexas e sem qualquer sentido. Disseram, ainda, que ele não sentava na cadeira e ficava andando o ambiente sem parar.

Nesse instante, quem já estava na mesa era a dona do estabelecimento, a senhora Rosana. Além dela, outras duas meninas e uma amiga de longa data de nome “Virgínia”.

– Contradições e três versões

É nesse momento que começam as contradições. Diante do comportamento de Maldine após descer dos quartos no segundo andar da casa, os que estavam presentes apresentam versões diferentes para explicar como Vilnius foi parar dentro da piscina, onde acabou morrendo afogado.

Ao Blog do DC, a garçonete “Jacy”, o empresário Saymon Aquino, o Polícia Militar Bruno Campelo e a ex-gerente “Virgínia” contaram que, em determinado momento, Maldine estava inquieto andando de uma lado para o outro, ele correu e pulou na piscina tocando primeiro com a parte dos pés na água.

Imediatamente, o PM-MA pulou para ajudá-lo. Em seguida, Allan também pula. No entanto, Vinicius fica se debatendo dentro da piscina e acabou de afogando, antes de ser puxado pela dupla para foda d’água.

Contudo, essa versão foi relatada diferente pela senhora Rosana, dona do estabelecimento. Ela disse ao jornalista Domingos Costa que Vinicius estava inquieto e sumiu da vista de todos. Afirmou também que, enquanto eles estavam na mesa, “ouviram” o barulho de alguém se jogando na piscina, mas ninguém olhou. E, “uma pessoa” da mesa, disse o seguinte: “Deve ser o Maldine, melhor que ele toma banho e melhora desse pânico dele”.

Rosana relatou, ainda, que após “alguns minutos”, o PM-MA Bruno foi a procura de Maldine e encontrou ele se debatendo na piscina, instante em que pulou e tentou levantar o blogueiro, não conseguiu e recebeu ajuda de Allan. Foi então que os dois puxaram Vinicus para fora e fizeram massagem, mas ele já estava desacordado. “Não sei se ele [Maldine] caiu na piscina, se escorregou ou pulou sozinho, não teve como ver, ninguém viu, nós estávamos conversando despercebidos”, disse.

– Allan Damous Lepore desmente tudo

Após ouvir todos, o jornalista Domingos Costa foi até Allan Damous Lepore. Ele relatou que no dia do episódio estava no balcão que fica ao lado, tomando cerveja. A “testemunha chave” do caso desmente as versões apresentadas pelas pessoas que estavam na mesa de Vinicius.

Allan disse que Maldine estava “desnorteado”, andando de um lado para o outro. Muitas pessoas tentaram acalmá-lo, mas sem sucesso, até que houve uma sugestão de “uma pessoa” que estava na mesa dele para colocá-lo embaixo do chuveiro, só que “alguém” da mesa [o qual ele não sabe dizer o nome] sugeriu colocar ele dentro da piscina, justificando que seria melhor para ajudar na recuperação dele.

Ele conta, ainda, que as pessoas da mesa, juntas, jogaram ele na piscina. E após alguns minutos, foi quando perceberam que ele estava se debatendo e se afogando. Nesse momento, o Policial Bruno pulou para tirá-lo, mas não conseguiu, ocasião em que o próprio Allan também pulou, mas quando conseguiram finalmente puxá-lo, já era tarde demais.

“Se as pessoas que estavam na mesa com ele tivessem optado em colocá-lo debaixo do chuveiro, ele não teria morrido. E, se também, essas mesmas pessoas que estavam com ele tivessem pulado na piscina para somar na ajuda, o rapaz também não teria morrido”, relatou.

A SHPP – Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa investiga o caso…

Do Blog do Domingos Costa

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