Maranhão contabiliza 3 feminicídios contra mulheres indígenas em menos de um mês

Mikaelane, Lícia Guajajara e Joanilde, vítimas de feminicídio no MA

Três mulheres indígenas foram vítima do crime de feminicídio no Maranhão nos últimos 20 dias. Um dos casos foi registrado ontem, dia 4, na cidade de Santa Inês.

Mikaelane Silva Guajajara, de 23 anos, foi encontrada morta com marcas de tiro em um dormitório. Ela vivia na Terra Indígena Pindaré, localizada na zona rural de Bom Jardim.

O suspeito do crime é João Paulo Paixão de Oliveira, de 27 anos, com quem Mikaelane mantinha um relacionamento amoroso. Ele foi encontrado morto no mesmo dormitório, e a suspeita é de suicídio.

Um dia antes, Lícia Oliveira Guajajara, uma indígena de 35 anos, foi assassinada a facadas em Amarante do Maranhão. Segundo a Polícia Civil, o principal suspeito é seu companheiro, Izane de Almeida Santos, com quem ela tinha um relacionamento de 10 anos.

No último dia 21 de agosto, outro feminicídio teve como vítima Joanilde Rodrigues Paulino Guajajara, de 33 anos, morta a facadas também em Amarante. O autor do crime, segundo a polícia, é seu ex-marido, Wendel Silva Machado, que foi preso dois dias após o assassinato.

Joanilde era técnica de enfermagem e trabalhava no Centro de Parto Normal da Secretaria de Saúde de Amarante do Maranhão.

A vítima tinha quatro filhas, todas menores de idade, sendo duas com Wendel. O casal estava junto desde 2014, quando ela foi agredida pela primeira vez.

Além dos três feminicídios, a polícia investiga ainda a morte da indígena Yolete, do povo Krikati, cujo o corpo foi encontrado em estado de decomposição próximo à casa de uma fazenda em Monte Altos, no dia 30 de agosto.

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