O professor Milton Pereira Silva, de 48 anos, acusado de estuprar no último sábado (6) um menino autista de oito anos em Timon, está sendo alvo de novas denúncias de abuso sexual contra crianças no município.
A Polícia Civil informou que pelo menos três novos casos foram registrados nos últimos dois dias na delegacia de Timon. Segundo o delegado Cláudio Mendes, duas denúncias foram apresentadas nessa segunda-feira (8) referentes a crianças de 11 e 13 anos.
Já nesta terça-feira (9), uma nova vítima de 13 anos também veio à tona. Agora, o professor é investigado pelos quatro casos de estupro de vulnerável e continua preso em uma unidade prisional. A Justiça do Maranhão converteu a prisão em preventiva.
Vítima está com medo de ir ao banheiro
O menino autista, que sofreu abuso sexual quando foi ao banheiro enquanto a mãe trabalhava como manicure em uma residência no bairro Cidade Nova, de Timon, está sem se alimentar e sem beber água por medo de ir ao banheiro.
A informação foi divulgada pela mãe da criança nessa segunda-feira (8), durante uma entrevista à Rede Clube, de Teresina. Segundo ela, o garoto sente dor ao urinar devido a uma lesão que sofreu no pênis.
Ele está sem comer e com medo de beber água, porque não quer ir ao banheiro, porque está doendo. Ele está usando medicação, mas está muito complicado”, disse a mãe. Nessa segunda, o garoto recebeu atendimento psicológico e passou por exames.
A mãe afirmou ainda que espera que a justiça seja feita. “É muito revoltante porque a minha família conhecia ele. Por ele ser professor, mas de professor ele não tem nada, porque a pessoa que faz uma coisa dessas. Ele destruiu a minha vida, a minha família, estamos arrasados, não sabemos o que fazer. Espero que seja feita justiça, que ele pague pelo que ele fez.”
Entenda o caso
Preso no último sábado (8), Milton foi acusado de tentar forçar uma masturbação em uma criança autista de oito anos. O abuso ocorreu quando a vítima foi usar o banheiro na residência em que a mãe trabalhava como manicure.
Ao chegar a casa, a criança relatou o ocorrido à mãe, que percebeu sangue na bermuda do menino e fez a denúncia à polícia. No mesmo dia, o professor foi preso na própria casa e confessou o crime. Segundo o investigado, ele cometeu o abuso porque estaria bêbado.
Imirante