Homem é condenado a 16 anos e 6 meses por esfaquear companheira até a morte

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O Poder Judiciário da Comarca de Santa Luzia, por meio da 2ª Vara Criminal, realizou na quarta-feira, dia 21 de maio, uma sessão do Tribunal do Júri. No banco dos réus, Clodoaldo Agostinho dos Santos, julgado sob acusação de prática de crime de feminicídio, que teve como vítima Cleciane Ribeiro da Conceição, sua companheira à época. Ao final da sessão, presidida pelo juiz Ricardo Augusto Figueiredo Moyses, o réu foi considerado culpado pelo Conselho de Sentença, recebendo a pena definitiva de 16 anos e seis meses de prisão.

Foi relatado na denúncia que, em 14 de agosto de 2021, na Fazenda Maratá, localizada no povoado Faísa, localidade da zona rural de Santa Luzia, Clodoaldo, conhecido pelo apelido de “Pelado”, teria matado sua esposa, em circunstâncias que caracterizam violência doméstica. Segundo apurado pelas autoridades policiais, na data citada, o denunciado e a vítima estavam ingerindo bebidas alcoólicas no bar de propriedade de uma testemunha, localizado no referido povoado.

DESENTENDIMENTO POR CIÚMES

Em dado momento, foi iniciada uma discussão entre o denunciado e a vítima, motivada por ciúmes, ocasião em que ela saiu correndo do local, tomando rumo ignorado. Cerca de 15 minutos depois, ele saiu atrás dela, ocasião em que teria afirmado que a mataria. Durante a fuga, a vítima passou no bar de propriedade de outra testemunha. Essa pessoa teria dito à mulher que o denunciado estava à sua procura para matá-la. Populares pediram, então, para que ela permanecesse no local, pois nada ocorreria com ela. Contudo, ela continuou fugindo.

Três dias depois, em 17 de agosto de 2021, por volta de 10h, foi encontrado na Fazenda Maratá o cadáver da vítima, repleto de perfurações em regiões como o pescoço e o queixo, conforme demonstrou o laudo do Instituto Médico Legal. A polícia, então, iniciou as investigações para elucidar o caso. Quando interrogado, o denunciado teria negado a autoria do feminicídio.

Ex-prefeito de Santa Inês é preso em Nova Olinda por estupro de missionária

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Em uma ação realizada na noite da última quinta-feira(22), a Polícia Civil do Maranhão, deu cumprimento a uma mandado de prisão definitiva contra um homem, de 70 anos, acusado pela justiça pela prática do crime de estupro ocorrido em janeiro de 2016, no municipio de Santa Inês. O alvo, que foi ex-deputado federal e ex-prefeito de Santa Inês, foi localizado e preso em uma unidade de saúde da cidade de Nova Olinda, onde atuava como médico.

Segundo o inquérito policial, a vítima, uma estudante missionária, de 18 anos, do estado do Paraná, estaria há cerca de 20 dias na cidade onde, de forma voluntária, seria uma revendedora de livros com o objetivo de arrecadar fundos para a missão.

Na ocasião, o então prefeito teria participado de um almoço informal com o grupo de missionários, mostrando interesse em comprar uma quantidade grande de livros, com o propósito de distribuir na rede municipal de educação de Santa Inês.

Em outra oportunidade, o acusado teria recebido a jovem dentro de seu carro, nas proximidades da residência onde a mesma estaria instalada, com o propósito de finalizar o acordo da compra dos livros. Porém, segundo relatos da estudante, o acusado, teria lançado a proposta de comprar os livros em troca de que a vítima mantivesse relações sexuais com ele. Na ocasião, houve resistência por parte da vítima e, em seguida, o homem obrigou a missionária a ir até um motel da cidade, onde a vítima teria sido violentada sexualmente. Após o crime, a vítima procurou a delegacia para denunciar o ato.

Na época do fato, o acusado foi autuado em flagrante pelo crime de estupro e, transferido para a capital maranhense, para finalizar o auto de prisão em flagrante na Superintendência da Polícia Civil do Interior (SPCI), sendo posteriormente encaminhado para uma unidade prisional.

Nesta quinta-feira(22), o acusado foi preso por uma equipe da policiais civis da Delegacia Regional de Santa Inês, sendo apresentado na delegacia para atender aos procedimentos de praxe.

Justiça obriga MOB a fiscalizar transporte público clandestino na capital

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O juiz Douglas de Melo Martins (Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís) condenou, em 20 de maio, a Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) a fazer a fiscalização para evitar o transporte clandestino de passageiros na capital.

A “Ação de Obrigação de Fazer”, decidida pelo juiz, foi ajuizada pelo Sindicato dos Permissionários e Trabalhadores do Transporte Público Alternativo do Maranhão (SINTRAMA) contra a agência MOB, para evitar o transporte clandestino de passageiros e construir um terminal de embarque e desembarque.

Na sentença, o juiz encerrou o processo quanto ao pedido de construção de um terminal definitivo de embarque e desembarque de passageiros, por já ter sido entregue pelo governo do Estado.

ACORDO JUDICIAL PARA FISCALIZAÇÃO

O Sindicato do Transporte Público Alternativo fundamentou os pedidos da ação em acordo judicial firmado entre a MOB e o Ministério Público  em Ação Civil Pública anterior, na qual a agência se comprometeu a iniciar a fiscalização e apreensão de veículos clandestinos.

A MOB alegou, em defesa, que “tem atuado de forma diligente no combate ao transporte clandestino de passageiros”, realizando fiscalizações de forma estratégica em várias cidades.  Já o Estado do Maranhão juntou ao processo planilhas de autuações e documentos comprobatórios da construção e operação do terminal de passageiros.

Na sentença, o juiz observou que na Ação Civil Pública (nº 0827263-25.2017.8.10.0001), na qual a MOB ficou de realizar a fiscalização ostensiva aos veículos clandestinos foi cumprida, e arquivada em abril de 2021. No entanto, no processo atual, a MOB não comprovou suas alegações mediante a juntada de relatórios e planilhas de controle de autuações dos anos de 2021 a 2024.

FISCALIZAÇÃO DO TRANSPORTE CLANDESTINO

A MOB alegou que  em seus sistemas não constavam registros de informações ou tabelas relacionadas às fiscalizações realizadas, não conseguindo comprovar as ações fiscalizatórias em 2021 a 2024. Quanto ao pedido de construção do terminal, informou que o Governo do Estado inaugurou em 2023 as novas instalações do Terminal de Transporte Alternativo em São Luís.

Conforme os fundamentos da sentença, a Lei Estadual nº 7.736/2002 (alterada pela Lei nº 10.258/2015), o Serviço Público de Transporte Alternativo Intermunicipal e semiurbano de Passageiros do Maranhão deve ser explorado sob regime de permissão, concedida pelo Poder Executivo, por meio de licitação.

“Assim, compete ao Estado do Maranhão, por meio de órgãos específicos, conceder, outorgar, permitir e licitar acerca de sua regulamentação, execução e fiscalização, cuja
abrangência deve atingir todo o Estado”, declarou o juiz na sentença.

Condenado por matar o pai: ‘Júnior do Nenzin’ pega 16 anos de prisão em julgamento

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O Tribunal do Júri de São Luís condenou, nesta quarta-feira (21), Manoel Mariano de Sousa Filho, o “Júnior do Nenzin”, a 16 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato do próprio pai, o ex-prefeito de Barra do Corda, Manoel Mariano de Sousa, conhecido como Nenzin. O crime, ocorrido em dezembro de 2017, foi considerado um dos mais chocantes da história recente do Maranhão.

A sessão de julgamento, presidida pelo juiz Pedro Guimarães Júnior, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, foi realizada no Fórum Desembargador Sarney Costa, na capital, após decisão do Tribunal de Justiça que transferiu o caso de Barra do Corda para São Luís, a fim de garantir segurança e imparcialidade no júri.

O Ministério Público sustentou que o crime foi premeditado e motivado por conflitos familiares e disputas por patrimônio. Nenzin foi morto com um tiro na nuca, e os laudos da perícia apontaram a presença do filho no momento do disparo. Além disso, imagens de câmeras de segurança mostraram a caminhonete usada no crime, o que contribuiu para o avanço das investigações, concluídas em apenas 21 dias.

Durante o julgamento, a defesa não conseguiu convencer os jurados da inocência de Júnior, que acabou condenado por homicídio qualificado. Após o veredicto, o juiz Clésio Cunha determinou sua imediata transferência para a Penitenciária de Pedrinhas e negou o direito de recorrer em liberdade. A sessão foi encerrada por volta de 1h30 da madrugada.

Outro acusado no caso, o ex-vaqueiro da família Luzivan Ferreira, teve o julgamento adiado para o dia 9 de julho.

Curso para pretendentes à adoção tem inscrições abertas até esta quarta-feira (21/5)

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As inscrições para a segunda turma de 2025 do Curso de Preparação Psicossocial para Pretendentes à Adoção encerram-se nesta quarta-feira, 21 de maio. A formação, oferecida na modalidade on-line, é promovida pela Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), em parceria com a Escola Superior da Magistratura do Maranhão (ESMAM), e conta com mediação de profissionais convidados e tutoria especializada.

O curso tem como objetivo oferecer informações sobre aspectos jurídicos, psicológicos e sociais relacionados ao processo de adoção, promovendo reflexões sobre os projetos de parentalidade dos participantes. A metodologia é estruturada com atividades síncronas (em tempo real) e assíncronas, utilizando diversos recursos de comunicação, como materiais impressos, conteúdos digitais e ferramentas interativas.

Em 2025, estão previstas três turmas. A primeira, realizada em março, já foi concluída. As próximas ocorrerão nos meses de junho e setembro. Para a turma de junho, as inscrições devem ser feitas por meio do link: https://forms.gle/i2z5V8g8j6pwDjEu6.

Em casos de pretendentes que se apresentem como casal, é necessário que ambos realizem a inscrição de forma individual e cumpram todos os critérios e requisitos para participação e certificação. Após o período de inscrição, os candidatos e as candidatas deverão aguardar contato da CIJ/TJMA e o envio do e-mail de acesso à plataforma do curso, que será feito pela ESMAM.

PROGRAMAÇÃO DA TURMA DE JUNHO

Módulo 1: Responsabilidade e compromissos diante do processo de adoção

Palestrante: Mariana de Sousa Amin Castro

Data: 5/6

Módulo 2: A importância do preparo na adoção

Palestrante: Fernando Moreira Freitas da Silva

Data: 10/6

Módulo 3: Aspectos legais e a nova cultura da adoção

Palestrante: Mariana de Sousa Amin Castro

Data: 13/6

Módulo 4: Adoção e suas motivações

Palestrante: Suanne do Socorro Marques de Alencar

Data: 17/6

Módulo 5: Processos constitutivos da parentalidade

Palestrante: Suanne do Socorro Marques de Alencar

Data: 20/6

Módulo 6: Estágio de convivência e a construção de novos vínculos

Palestrante: Fabrina da Silva Meireles

Datas: 24/6 e 26/6.

Para mais informações, os interessados podem entrar em contato com a Coordenadoria da Infância e Juventude do TJMA pelos telefones (98) 2055-2955 / 98771-8645 ou pelo e-mail [email protected].

 

Ex-gerente dos Correios em Pio XII é condenado por desvio e assalto simulado para encobrir fraudes

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O ex-gerente da agência dos Correios de Pio XII, no Maranhão, foi condenado pela Justiça Federal após investigações do Ministério Público Federal (MPF) que comprovaram fraudes no sistema do Banco Postal e enriquecimento ilícito. Segundo a sentença, ele promoveu 127 lançamentos fictícios de depósitos bancários de R$ 1 mil cada, entre julho e agosto de 2018, totalizando R$ 127 mil desviados dos cofres públicos.

De acordo com o MPF, o então gerente usou o sistema da agência para inserir depósitos inexistentes. Parte do dinheiro foi parar em sua própria conta e o restante em contas de terceiros. Dois dias depois das fraudes, ele participou de um assalto forjado contra a agência, junto com dois cúmplices, para tentar encobrir o desvio. Na falsa ação criminosa, levaram R$ 35 mil em espécie e cinco celulares institucionais.

As provas utilizadas na ação civil pública foram obtidas durante o processo criminal, no qual o ex-gerente já havia sido condenado e preso. Em depoimento, ele confessou que o assalto foi uma encenação planejada e que ficou com R$ 100 mil do total desviado, dividindo o restante com os comparsas.

Com base nas provas, a Justiça reconheceu que o servidor usou seu cargo para desviar recursos públicos, violando os princípios da administração pública. Ele foi condenado a devolver R$ 177.906,92 aos cofres públicos, valor que será corrigido e acrescido de juros, além do pagamento de multa no mesmo valor. Também perdeu o direito de exercer cargo público, teve os direitos políticos suspensos por 10 anos e está proibido de contratar com o poder público ou receber benefícios fiscais pelo mesmo período.

Entenda o Banco Postal
O Banco Postal é um serviço bancário oferecido nas agências dos Correios, resultado de parcerias com instituições financeiras. Ele tem como objetivo facilitar o acesso da população a serviços bancários em localidades onde a presença de bancos é limitada, promovendo inclusão financeira em municípios como Pio XII.

 

Julgamento do assassinato do ex-prefeito Nenzin começa nesta quarta-feira (21)

 

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Sete anos após o crime que chocou o Maranhão, começa nesta quarta-feira, 21, o julgamento dos acusados pelo assassinato do ex-prefeito de Barra do Corda, Manoel Mariano de Sousa, conhecido como Nenzin. Sentarão no banco dos réus o próprio filho da vítima, Júnior do Nenzin, e o vaqueiro Luiz Carlos Cordeiro, o Luizão. O júri será realizado no Fórum Desembargador Sarney Costa, em São Luís, a partir das 9h da manhã, sob a condução do juiz Clésio Coelho Cunha, titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri.

O caso é um dos mais emblemáticos da última década no estado, envolvendo disputas familiares e reviravoltas nas investigações. Nenzin foi assassinado a tiros em 6 de dezembro de 2017. À época, o crime foi inicialmente registrado como latrocínio, mas investigações da Polícia Civil e do Ministério Público do Maranhão apontaram inconsistências na versão apresentada por Júnior do Nenzin, levando à reclassificação para homicídio doloso, com indícios de motivação interna.

De acordo com a denúncia do MP, o crime foi planejado e executado com frieza, e teria como pano de fundo conflitos patrimoniais. A promotoria pedirá a condenação dos réus, com penas que, somadas, podem chegar a mais de 40 anos de prisão. A defesa dos acusados nega qualquer envolvimento e afirma que apresentará provas que desmontam a tese acusatória.

Sete jurados, escolhidos entre moradores da capital maranhense, serão responsáveis por julgar o caso. O julgamento pode se estender por mais de um dia, a depender do número de testemunhas e do andamento dos debates entre defesa e acusação. O desfecho será decisivo para um dos casos criminais de maior repercussão política no Maranhão nos últimos anos.

Prefeitura de São Luís é condenada a restaurar três prédios históricos

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Três Ações Civis Públicas propostas pelo Ministério Público do Maranhão, em dezembro de 2024, resultaram na concessão de medidas liminares que determinam à Prefeitura de São Luís que adote medidas para resguardo de imóveis públicos de propriedade do Município e que são tombados pelo decreto estadual nº 10.089/1986. Os imóveis estão localizados nas Ruas do Sol e de São Pantaleão, no Centro de São Luís.

As Ações são resultado da fiscalização permanente que a 1ª Promotoria de Justiça de Meio Ambiente, Urbanismo e Patrimônio Cultural de São Luís realiza, desde 2019, em todos os imóveis de propriedade do Município de São Luís e do Estado do Maranhão que se encontram no perímetro tombado pelo Decreto Estadual nº 10.089/1986.

Um desses imóveis é a antiga Fábrica Cânhamo, na rua de São Pantaleão, no bairro da Madre Deus. Inspeções realizadas pela Promotoria apontaram que o imóvel, que é um bem público de uso especial, estava em estado de abandono, com péssima conservação de sua estrutura e escoras em paredes e na chaminé. Além disso, havia grande acúmulo de resíduos sólidos e parte do muro lateral foi derrubado, permitindo a entrada de pessoas e animais no local.

Foi verificado, ainda, que o imóvel era ocupado por uma empresa privada de fabricação de placas e por um grupo de artesãs.

Diante dos fatos, ofícios foram enviados ao prefeito, Eduardo Braide, e à Fundação Municipal de Patrimônio Histórico (FUMPH) em 21 de março de 2024 e reiterados em 6 de maio do mesmo ano. Não houve resposta da administração municipal. Nova vistoria verificou a continuidade da situação, em 3 de setembro do ano passado, quando também foram encontrados banheiros químicos na parte externa do imóvel.

“Os dois pareceres técnicos demonstram que, apesar da especial proteção recebida pelo imóvel integrante do Patrimônio Cultural da Cidade de São Luís, o Município se mantém omisso diante do estado de abandono e deterioração do imóvel”, observa, na Ação, o promotor de justiça Luis Fernando Cabral Barreto Júnior.

Sub-registro de nascimento do Maranhão cai ao menor índice da história

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O índice de sub-registro civil de nascimento no Estado do Maranhão recuou para o menor valor da série histórica, chegando a 2,91%, com uma queda de 0,4% em relação à medição divulgada em 2024, que era de 3,3%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (16/5), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e refletem o cenário no ano de 2023.

Para medir o sub-registro, o IBGE considerou a quantidade de crianças nascidas em 2023 e não registradas até o último dia do mês de março de 2024. Isso porque o prazo limite, estabelecido pela Lei nº 6.015/1973, para que a criança seja registrada é de 90 dias. Ao ultrapassar esse prazo, o registro passa a ser considerado como tardio.

Ao comentar o resultado do relatório, o corregedor-geral do foro extrajudicial, desembargador José Jorge Figueiredo dos Anjos, destacou que a queda é resultado de um trabalho árduo, que no Maranhão é coordenado pela Corregedoria Extrajudicial, mas que é feito a muitas mãos. Atualmente, as ações de combate ao sub-registro têm o engajamento direto da Defensoria Pública do Estado, Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Associação de Registradores de Pessoas Naturais, além do apoio de outros parceiros.

“Recebemos o resultado de forma muito positiva, o que nos motiva a seguir implementando iniciativas que contribuam para assegurar cidadania para nossa população, a exemplo das unidades interligadas de registro civil e dos projetos da COGEX, como o Registro Cidadão e Município SubZero, além do projeto Cegonhas, que é do Tribunal de Justiça e tem o apoio da COGEX em razão da sua importância social. Seguiremos atuando de forma intensa nessa pauta, que conta com o empenho das instituições e entidades parceiras nessa empreitada pela cidadania”, avaliou o corregedor.

NÚMEROS REGISTROS E IMPORTÂNCIA DAS UNIDADES INTERLIGADAS

Em 2023, os cartórios maranhenses contabilizaram mais de 99.306 registros de nascimentos, uma queda de 0,6% em relação ao ano anterior, o que representa menos 557 pessoas nascidas e registradas. Um dado relevante está no fato de que, no Maranhão, em 2023, 96,7% das crianças nasceram em hospitais ou unidades de saúde. Isso subsidia uma importante ação de combate ao sub-registro, que são as unidades interligadas que funcionam nas maternidades.

Justiça condena ex-prefeito, secretário e tesoureiro de Buriti por improbidade e desvios

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O Ministério Público Federal (MPF) conseguiu a condenação de um ex-prefeito de Buriti (MA), um ex-secretário de saúde e um ex-tesoureiro do município a devolverem R$ 895.129,49 à União. O valor foi desviado de recursos do Ministério da Saúde, repassados ao município por meio da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), e deve ser corrigido pela inflação e acrescido de juros. Além disso, os ex-gestores terão de pagar uma multa civil no mesmo valor, equivalente ao dano causado aos cofres públicos.

A sentença da Justiça Federal também condenou os réus à perda de funções ou cargos públicos que exerçam e à suspensão dos seus direitos políticos por cinco anos. Também estarão proibidos de firmar contratos com a administração pública federal e receber benefícios ou incentivos fiscais, pelo mesmo prazo. Ainda cabe recurso da decisão.

De acordo com a ação, proposta pelo MPF em 2013, foram encontradas irregularidades na Secretaria de Saúde do município, especificamente, nas folhas de gratificações do Programa de Atenção Básica (PAB) no Centro de Saúde, no período de junho de 2005 até junho de 2006.

Os desvios aconteceram por meio da inclusão de gratificações incorretas nas folhas de pagamento da Secretaria Municipal de Saúde. Muitos servidores relataram que não recebiam as gratificações ou recebiam quantias menores do que as registradas. As folhas de pagamentos eram elaboradas pelo ex-secretário de saúde e mais um servidor envolvido no esquema, tendo sido aprovadas pelo ex-prefeito e pelo ex-tesoureiro, que eram responsáveis pela liberação dos recursos.

Além disso, a análise da perícia do MPF sobre as movimentações bancárias municipais revelou que os recursos foram transferidos das contas específicas para a conta única do município ou retirados em dinheiro. Os valores em espécie eram sacados na “boca do caixa”, por meio da apresentação de cheques assinados pelos três acusados, o então prefeito, o secretário de saúde e o tesoureiro.

Na sentença, a Justiça considerou que houve a prática de ato de improbidade administrativa, que causou lesão ao erário, cometidos pelos ex-gestores do município de Buriti (MA).