Um policial militar do Maranhão, lotado no 26º Batalhão de Polícia Militar (BPM) na cidade Açailândia, na região tocantina, denunciou para órgãos de defesa dos direitos humanos ter sido vítima homofobia e tortura dentro do quartel, por causa de sua orientação sexual.
O caso chegou ao conhecimento da Rede Cidadania de Açailândia, uma organização que reúne membros da sociedade civil e entidades que lutam pelos direitos humanos, por meio da publicação de uma carta, que teria sido escrita pelo próprio policial militar, que não foi identificado.
Na carta, o PM cita que o comandante do BPM teria negligenciado as suas denúncias e afirma sofrer com a depressão.
“Digo ao major Nunes, que depressão não é frescura. Digo também a ele que o seu pedido de perdão não deve ser direcionado a Deus, mas sim as suas vítimas. Fui esquecido pelos meus irmãos… Obrigado a todos os que me ajudaram e que nos últimos dias mandaram mensagens de conforto. Agora estarei junto aos que me amaram e também com aqueles que me amam”, desabafa o PM em um trecho da carta.