Procon/MA autua Clínica Hapvida e Hospital Guarás por falhas na prestação de serviços

Clínica Hapvida, na Cohab

Uma ação de fiscalização realizada pelo Instituto de Promoção e Defesa do Cidadão e Consumidor do Maranhão (Procon/MA) resultou na autuação de dois estabelecimentos de saúde da capital. Além de apurar denúncias, os fiscais do órgão encontraram diversas irregularidades na Hapvida Clínica e Hospital Guarás. Os locais foram autuados por falhas na prestação dos serviços.

Recebemos denúncias de consumidores sobre a falta de climatização na Clínica Hapvida. Direcionamos nossas equipes para essa clínica e também para o Hospital Guarás e, ao chegarem lá, nossos fiscais verificaram diversas outras irregularidades, como falta de acessibilidade em alguns ambientes, falhas de informação quanto a atendimento preferencial, entre outras que comprometem a qualidade da prestação do serviço ao consumidor, conforme expresso pela nossa legislação”, explicou a presidente do Procon/MA, Karen Barros.

Localizada na Cohab, a Hapvida Clínica foi notificada para explicar a falta de climatização relatada em denúncias de consumidores. No momento da entrega da notificação, foram encontrados outros problemas, como falha na acessibilidade do bebedouro e fraldário, ausência de um extintor de incêndio em área demarcada, falta de alvará sanitário e certificado do corpo de bombeiros, além de falha na informação referente ao atendimento preferencial – o que ensejou na notificação e autuação do estabelecimento.

Já no Hospital Guarás, localizado no Bairro de Fátima, o problema encontrado foi a demora no atendimento, também resultando em autuação.

Com isso, os estabelecimentos, agora, possuem prazo de resposta ao Procon/MA, que é de 10 dias para a notificação e de 20 dias para as autuações. Conforme as respostas, os locais estarão sujeitos às sanções do Código de Defesa do Consumidor, que variam de multa à suspensão das atividades.

Família denuncia negligência no Hospital Guarás após morte de bebê

Foto reprodução TV Mirante

 A avó de José Fernando, Francisca Lúcia, que é técnica de enfermagem, diz que os procedimentos do hospital não foram feitos de maneira adequada e que a unidade de saúde abriu a UTI tarde demais.

“Quando ele (o médico) voltou da UTI, o que ele me disse, ele chegou dizendo pra mim: ‘vó, sim, eu fiz todos os procedimentos’. Eu disse: ‘fez não doutor, o senhor não fez, eu sei que meu neto já saiu daqui morto”, lamentou Francisca Lúcia.

Rafael Pessoa, advogado da família de José Fernando, moveu uma ação civil contra o hospital e o plano de saúde, além de uma ação criminal contra a equipe médica, acusada de conduta criminosa. “Queremos que os responsáveis pela morte da criança sejam realmente punidos, que seja instaurado um inquérito policial a fim de investigar a prática do crime de homicídio doloso, na modalidade de dolo eventual. E os responsáveis que causaram a morte do bebê sejam punidos rigorosamente”, declarou o advogado.

Em nota enviada à TV Mirante, o plano de saúde Hapvida afirma que o Hospital Guarás prestou toda a assistência necessária a José Fernando, com a realização de exames e administração de medicamento.

Leia a nota da Hapvida na íntegra:

A companhia lamenta profundamente o falecimento da criança. Desde que deu entrada na unidade, o paciente recebeu toda a assistência necessária, com exames e administração de medicamentos indicados para seu quadro de saúde, além do atendimento ter sido prestado em sala equipada com aparelhos de terapia intensiva. Mesmo com todos os esforços da equipe, infelizmente, o paciente não resistiu ao quadro clínico de dificuldade respiratória. A empresa reforça o seu pesar e está à disposição da família para ajudá-los a lidar com essa perda irreparável.

Imirante