TJMA determina retorno de Facinho para a Prefeitura de Cândido Mendes

Prefeito Facinho

Em decisão proferida nesta quarta-feira (6), o desembargador Cleones Carvalho Cunha, do Tribunal de Justiça do Maranhão, suspendeu os efeitos de uma decisão judicial e determinou o imediato retorno de José Bonifácio Rocha de Jesus, o ‘Facinho’ para o cargo de Prefeito do Município de Cândido Mendes.

Na sentença, o magistrado explica: “não há como ignorar aqui o sobredito óbice legal, nem me parece prudente, mormente em ano de eleições municipais, permitir a manutenção de precedente que autoriza qualquer cidadão a pedir afastamento de agentes públicos, quando a lei não o fez, sendo grande o risco de efeito multiplicador que pode transformar medida acautelatória de suma importância nas ações de improbidade administrativa em instrumento de disputa política.”

Confira a decisão na íntegra: AGRAVO DE INSTRUMENTO N.º 0803763-83.2024.8.10.0000

Sobre o afastamento

Facinho foi afastado da prefeitura no último dia 22 de fevereiro acusado de fraudar uma licitação para a construção de uma estrada vicinal no valor de R$ 2,6 milhões. Ação foi movida por um grupo de moradores do município, que alegam que a obra já estava sendo executada pela empresa RD Construções antes mesmo do resultado da licitação ser divulgado.

A juíza Bruna Athayde Barros, da comarca de Bacuri, acatou o pedido e determinou a suspensão do contrato entre a Prefeitura de Cândido Mendes e a RD Construções, além do afastamento do prefeito Facinho por 90 dias.

Do Blog do Minard

URGENTE: CNJ afasta desembargadores Guerreiro Júnior e Antônio Bayma

Desembargadores Antônio Bayma e Guerreiro Jr

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afastou nesta terça-feira (31) os desembargadores Guerreiro Júnior e Antônio Bayma Júnior, do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), por suspeitas de irregularidades na construção do fórum de Imperatriz (MA).

O escândalo da construção do fórum de Imperatriz no Maranhão é um caso de desperdício de dinheiro público que envolve desembargadores do Tribunal de Justiça do estado. Segundo uma reportagem do programa “Fantástico”, da Rede Globo, a obra começou em 2013 com um orçamento de R$ 147 milhões, mas parou em 2016 por falta de recursos, após gastar R$ 75 milhões. A empresa responsável pela construção é a LN Incorporações Imobiliária, sediada em São Luís.

Uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA), realizada em 2018, apontou indícios de superfaturamento, fraude na licitação e serviços mal executados. A corte de contas responsabilizou 24 pessoas pelo atraso na obra, incluindo três desembargadores que presidiram o TJ-MA no período. Um deles já morreu.

O corregedor do CNJ, porém, arquivou o caso contra o desembargador Cleones Cunha, outro ex-presidente do TJ-MA.

Do Blog do Minard