PC do MA cumpre mandado de prisão contra quadrilha que causou prejuízo de R$ 32 milhões com alvarás fraudulentos

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Nesta quarta-feira, 19, a Polícia Civil do Maranhão, em uma operação coordenada pela Superintendência de Polícia Civil do Interior e com apoio do Centro de Inteligência e da 5ª Delegacia Regional de Pinheiro, cumpriu um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça de Goiás. O suspeito é acusado de integrar uma quadrilha especializada em fraudes utilizando alvarás falsos.

A ação faz parte da operação nacional “Alvará Criminoso” – fase 2, que visa desmantelar uma organização criminosa dedicada a crimes de estelionato contra a administração pública.

A operação, que abrange também os estados de Goiás, Tocantins, Bahia, Rio de Janeiro e Pará, já resultou no cumprimento de trinta e três mandados de prisão. As investigações revelaram que a quadrilha causou um prejuízo estimado em R$ 32 milhões, com pagamentos fraudulentos de alvarás judiciais.

Os detalhes do esquema criminoso indicam que os membros da quadrilha, incluindo advogados, utilizavam alvarás falsos para ordenar o saque de valores de contas judiciais. Esses documentos eram gerados no sistema eletrônico do Tribunal de Justiça, com advogados da quadrilha falsificando assinaturas de juízes.

Com os alvarás falsificados em mãos, os criminosos conseguiam enganar instituições financeiras, saqueando cerca de R$ 32 milhões das contas judiciais. Esse dinheiro era então lavado por meio de diversas transações financeiras, com os valores sendo repassados a “laranjas” e ocultados em várias contas bancárias.

Os advogados da quadrilha, cadastrados no sistema Projudi, consultavam centenas de processos em busca de grandes depósitos em contas judiciais. Após localizar os processos, produziam os alvarás falsos e, utilizando Tokens A3, assinavam os documentos como se fossem juízes, dificultando a detecção da fraude. Os alvarás eram enviados por e-mail fraudulento ou impressos e entregues diretamente aos núcleos financeiros das instituições financeiras.

A rápida transferência dos valores obtidos ilicitamente para pessoas ligadas ao grupo criminoso facilitava a lavagem do dinheiro, que era, então, dissimulado em diversas operações financeiras.

 

Conciliação do TJMA está presente no Arraial do IPEM até sexta (21)

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O Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do Tribunal de Justiça do Maranhão (Nupemec/TJMA) oferece até sexta-feira (21/6) informações sobre suas ações ao público em geral, no stand do Arraial do Ipem.

Na oportunidade, a equipe do Nupemec está orientando a população sobre como resolver conflitos por meio do diálogo, acordo e da conciliação.

Dentre as principais demandas tratadas pela Conciliação no dia a dia, estão:  divórcio, reconhecimento/dissolução de união estável, negociação de dívidas, pensão alimentícia, investigação de paternidade/DNA, dentre outros.

O coordenador do Nupemec/TJMA, juiz Rodrigo Nina, disse que a Conciliação está no Arraial do Ipem para divulgar a cultura do acordo e estimular  as pessoas a compreenderem que essa é a melhor solução para a rapidez do seu processo. “Estamos aqui divulgando, esclarecendo, e mostrando quais serviços podem ser objeto da conciliação”, frisou.

A equipe do TJMA está distribuindo folders com QR Code

CRONOGRAMA

O Judiciário maranhense realizará apresentação de ações do Núcleo de Justiça Restaurativa no sábado (22/6) e da Coordenadoria da Infância e Juventude no domingo (23/6).

STF mantém ação penal contra ex-diretor do Flamengo por incêndio no Ninho do Urubu

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou pedido da defesa dAntônio Márcio Mongelli Garotti, ex-diretor de Meios do Clube de Regatas do Flamengoe , para anular a denúncia e a ação penal contra ele referente ao incêndio no Centro de Treinamento da equipe, conhecido como “Ninho do Urubu”. Ocorrido em 2019, o incêndio causou a morte de 10 adolescentes e lesões graves em outros três, todos jogadores da base.

A decisão do colegiado se deu no julgamento de recurso (agravo regimental) apresentado contra decisão do ministro Alexandre de Moraes, que rejeitou o Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 1456265.

Garotti se tornou réu com outros acusados na Justiça estadual do Rio de Janeiro sob a acusação de incêndio culposo com resultado morte e lesão corporal. Sua defesa alegou, tanto no Tribunal de Justiça fluminense (TJ-RJ) quanto no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que a denúncia teria lacunas e contradições e não atenderia aos requisitos mínimos exigidos pela lei. Sustentou, ainda, ofensa aos princípios do contraditório e da ampla defesa.

Após ter pedidos de nulidade da denúncia negados nas duas instâncias, seus advogados trouxeram o questionamento ao STF.

Conhecimento das irregularidades

Ao rejeitar o recurso em decisão individual, o ministro Alexandre destacou que as instâncias anteriores consideraram que a denúncia apresentava um minucioso apanhado sobre o histórico técnico das instalações do local do incêndio e individualizava a conduta de cada réu. No caso de Garotti, a acusação apontou que, na condição de diretor de Meios, ele teria sido negligente quanto aos cuidados com as categorias de base, apesar de ter tomado expresso conhecimento das irregularidades e das ilegalidades que envolviam as condições de acolhimento dos jovens.

Portanto, para o ministro, a matéria foi decidida em âmbito infraconstitucional (Código de Processo Penal), e as alegadas ofensas à Constituição seriam meramente indiretas. Além disso, a análise da argumentação da defesa demandaria revisão das provas, o que não é permitido em recurso extraordinário pela Súmula 279 do Supremo. Em seguida, foi apresentado recurso (agravo regimental) contra a decisão do relator.

Conclusões

Na sessão virtual encerrada em 14/6, o ministro votou pela negativa do agravo e foi seguido por unanimidade. Ele afirmou que sua decisão anterior tratou de cada um dos pontos apresentados pela defesa, que não trouxe no agravo regimental nenhum novo argumento capaz de afastar as conclusões adotadas.

Indígena é preso suspeito de matar sobrinho de 9 anos em Aldeia no MA

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Uma ação conjunta realizada na manhã do último sábado (15), pela Polícia Civil e Militar, resultou na prisão em flagrante de um índio, investigado pelo crime de homicídio, tendo como vítima, o próprio sobrinho, uma criança indígena, de 9 anos, na aldeia Cacimba Velha, em Jenipapo dos Vieiras.

De acordo com informações da 15ª Delegacia Regional de Barra do Corda, após as Policias Civil e Militar receberem informações do crime, rapidamente se deslocaram até aldeia, onde foi possível prender o autor do delito.

Durante os trabalhos policiais, foi possível perceber que as famílias indígenas estavam em potencial confronto, mas através da mediação e conversas, a autoridade policial pacificou os ânimos dos índios da aldeia.  Ao ser capturado pelos policias, o autor negou o homicídio e alegando que foi um tiro acidental, após a arma cair no chão.

No local, os policias apreenderam a arma de fogo utilizada no crime, além de quatro armas artesanais usadas para caça animais.

Após as formalidades legais na delegacia, o preso foi conduzido para Unidade Prisional, onde responderá pelo crime de homicídio e posse ilegal de arma de fogo.

STF, com Flávio Dino e mais quatro ministros, torna réus pelo assassinato de Marielle

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Por unanimidade, os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram nesta terça-feira (18) tornar réus cinco acusados de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.

O colegiado computou cinco votos para tornar réus por homicídio e organização criminosa o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão, o irmão dele, Chiquinho Brazão, deputado federal (Sem partido-RJ), o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa e o major da Policia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira. Todos estão presos.

Robson Calixto Fonseca, conhecido como Peixe, vai responder somente por organização criminosa. Ex-assessor de Domingos Brazão no TCE,  ele é acusado de ter fornecido a arma usada no crime.

Votaram nesse sentido os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia, além do relator, Alexandre de Moraes.

Ação penal

Com a decisão, os acusados passam a responder a uma ação penal no STF.  Após a oitiva de testemunhas de acusação e defesa, os réus poderão ser condenados ou absolvidos. Não há prazo para o julgamento.

O placar do julgamento foi obtido a partir do voto de Alexandre de Moraes. O ministro entendeu que há “fortes indícios corroborando” os depoimentos de delação de Ronnie Lessa contra os acusados.

Moraes também disse que a denúncia está fundamentada em documentos, depoimentos e outras provas, além da delação.  “Há prova de materialidade, além de diversos indícios que vêm lastreando a colaboração premiada”, afirmou.

Durante o julgamento, a Procuradoria-Geral da República (PGR) reforçou a denúncia contra os acusados.

O subprocurador Luiz Augusto Santos Lima acusou os irmãos Brazão de integrarem uma organização criminosa e de possuírem ligação com a milícia que atua em Rio das Pedras, no Rio de Janeiro, além do envolvimento com grilagem de terras em terrenos na zona oeste da capital.

Para o representante da PGR, os Brazão decidiram determinar a execução da vereadora após encontrar resistência dela e do PSol para aprovar projetos de lei na Câmara de Vereadores em prol da regularização das terras de interesse do grupo.

A procuradoria também acrescentou que Rivaldo Barbosa foi acionado pelos irmãos para auxiliar no assassinato e que Major Ronald realizou o monitoramento dos passos da vereadora antes do crime.

A defesa dos réus também se pronunciou e rejeitou as acusações.

Polícia prende segundo suspeito de participar do latrocínio de motorista de aplicativo

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Na manhã desta terça-feira (18), mais um suspeito de envolvimento no latrocínio do motorista de aplicativo Tiago Sul Leite, de 35 anos, foi capturado pelas autoridades. Maidson Willian, de 24 anos, foi preso na Vila Magril, em São Luís, durante o cumprimento de um mandado de prisão. Este é o segundo indivíduo detido pelo crime, após a prisão de José Cleilton Carvalho, de 19 anos, ocorrida no dia anterior no Jardim São Cristóvão, na capital maranhense.

O assassinato de Tiago Sul Leite ocorreu em 27 de maio deste ano, quando seu corpo foi encontrado próximo à rua Projetada, no bairro onde residia. De acordo com informações da Superintendência Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (SHPP), os dois suspeitos abordaram o motorista de aplicativo, desferiram facadas contra ele e posteriormente o lançaram na via pública. Além do homicídio, o veículo da vítima foi roubado, sendo recuperado horas após o crime.

Os investigados foram conduzidos e apresentados na sede da SHPP em São Luís para os procedimentos legais exigidos pela Justiça. Após essa fase, serão encaminhados para a unidade prisional da capital maranhense, onde aguardarão o desdobramento do processo judicial.

Operação da RF e PF combate sonegação e lavagem de dinheiro no MA; fraude é de R$ 14 milhões

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A Receita Federal, em conjunto com a Polícia Federal, deflagrou, na manhã desta terça-feira (18/6), a Operação “Crédito Pirata”. O objetivo é obter provas relativas à estrutura de consultoria que abusa do instituto da Declaração de Compensação, além de possíveis crimes de falsidade de documentos e lavagem de dinheiro.

A abrangência das fraudes alcança compensações de 530 contribuintes de 200 cidades de 22 estados de todas as regiões do País, no montante de R$ 1.020.710.804,39.

Estão sendo cumpridos sete mandados de busca e apreensão em residências, empresas e escritórios de investigados e de pessoas ligadas à suposta organização criminosa. Os mandados ocorrem nos municípios de São Paulo, Campos do Jordão, Osasco, Praia Grande e Sorocaba.

Entre os alvos estão o principal operador da fraude tributária e o mentor intelectual. O operador era responsável pela elaboração e transmissão das Declarações de Compensação fraudulentas. Já o mentor intelectual tentava dar uma aparência de legalidade à operação fraudulenta.

Esquema

A organização investigada se aproximava de empresários e vendia solução para redução de carga tributária. A falsa consultoria transmitia à Receita Federal Declaração de Compensação fraudulenta em nome da empresa contratante através de uma interposta pessoa (laranja), normalmente informando que a empresa possuía créditos de PIS/Cofins que seriam suficientes para quitar os débitos. Mas os créditos informados não existiam, e depois os débitos voltavam a ser cobrados pela Receita Federal.

A escolha de criar créditos fraudulentos especificamente usando o PIS/Cofins não foi por acaso. Por se tratar de tributos complexos, com muitos regimes especiais e discussões judiciais, os fraudadores conseguiam vender para seus clientes a ideia de que os créditos realmente existiam, e que poderiam realizar a compensação cruzada com qualquer outro tributo.

A consultoria era remunerada pelo “serviço” em um percentual que variava entre 30 a 70% do valor dos impostos compensados fraudulentamente. Esses valores pagos eram então utilizados pelos investigados na aquisição de imóveis no Brasil e no exterior e de outros bens de luxo registrados em nome de empresas patrimoniais e interpostas pessoas, dificultando até mesmo ações de ressarcimento de danos pelas empresas contratantes.

Entenda a operação

Operação Crédito Pirata - Infográfico.pngOperação Crédito Pirata

 

Danos aos cofres públicos e à Sociedade

Quando falsas consultorias tributárias disseminam fraudes, além da perda da arrecadação aos cofres públicos, há enormes prejuízos ao ambiente de negócios do País. Ao reduzir consideravelmente os tributos a pagar no curto e médio prazo de um contribuinte, prejudica-se o ambiente concorrencial. Além disso, há destaque indevido a maus profissionais que oferecem soluções de economia tributária lastreadas em procedimentos fraudulentos.

Até mesmo o próprio contribuinte é prejudicado. Além de pagar por serviços que se revelarão fraudulentos, ele sofrerá fiscalizações que redundarão na cobrança dos débitos indevidamente compensados e multas e poderá ter seu patrimônio bloqueado e responder por crime contra a ordem tributária.

A responsabilização do mau profissional prestador de serviços tributários é necessária como forma de reparação à maioria silenciosa de bons profissionais e contribuintes.

Alerta da Receita Federal

A Receita Federal alerta que não há qualquer hipótese de extinção de débitos utilizando para compensação crédito que não seja tributário, líquido e certo e apurado pelo próprio declarante.

Caso o contribuinte receba oferta de soluções milagrosas, inclusive de compra e venda de créditos que serviriam para quitar tributos federais, a orientação da Receita Federal é para que não aceite e denuncie o fato ao Órgão. O canal para denúncias é a Ouvidoria, que pode ser acessada por meio link:

Nome da operação

Tais como os piratas dos sete mares, a falsa consultoria atuou promovendo “saques e pilhagens” nas mais diversas regiões do País

Acesse aqui o montante de compensações indevidas por cidade identificadas no âmbito da Operação Crédito Pirata (em ordem alfabética de estados e municípios).

Iracema Vale prestigia posse do novo procurador-geral de Justiça

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A presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputada estadual Iracema Vale, participou, nesta segunda-feira (17), da solenidade de posse do novo procurador-geral de Justiça, Danilo José de Castro Ferreira. A cerimônia aconteceu no Multicenter Sebrae, com a presença do governador Carlos Brandão, de membros dos três Poderes, entre outras autoridades estaduais e municipais.

Na ocasião, a chefe do Legislativo maranhense destacou a trajetória do novo procurador-geral e a importância do Ministério Público para a sociedade.

“O Ministério Público do Maranhão continuará em boas mãos. Dr. Danilo Ferreira tem experiência e muito respeito dentro da instituição, que é um órgão importante para o fortalecimento da democracia e que atua na garantia dos direitos dos cidadãos, principalmente daqueles que mais precisam”, disse Iracema Vale.

Danilo Ferreira comandará o MPMA no biênio 2024-2026. Foi o candidato mais votado da lista tríplice, com 189 votos, e nomeado pelo governador Carlos Brandão.

PRF prende homem durante assalto a uma Unidade Básica de Saúde em Santa Inês

Foto: PRF

Uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizava fiscalização na BR-316, próximo ao antigo posto da PRF em Santa Inês (MA), nesta última segunda-feira, 17, quando uma pessoa gritou pedindo socorro, informando que estava acontecendo um assalto em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) localizada a cerca de 500 metros do local da fiscalização.

Prontamente a equipe da PRF se deslocou até à UBS e ao chegar ao local encontrou algumas pessoas tentando conter um indivíduo que, de acordo com as vítimas, teria anunciado o assalto. Segundo os relatos, ele teria entrado na Unidade de Saúde utilizando um capacete e, com grave ameaça, começado a roubar as pessoas, segurando na cintura um objeto que alegava ser uma arma de fogo.

Uma das vítimas percebeu que a arma utilizada pelo criminoso não seria verdadeira e recusou entregar a sua carteira, sendo, inclusive, agredida pelo criminoso. Logo, algumas pessoas começaram a tentar imobilizar o indivíduo até a chegada dos policiais.

No momento da prisão, o detido chegou a mentir sobre a idade, informando ter menos de 18 anos, no entanto, os policiais identificaram que sua idade verdadeira seria 20 anos. Além disso, os agentes notaram que ele estava com uma segunda roupa por baixo, provavelmente para trocar após a ação criminosa. Com ele foi encontrado uma bolsa para guardar os pertences das vítimas, já com alguns celulares, e foi constatado que ele utilizava um simulacro de arma de fogo, feito de forma grosseira, para amedrontar as vítimas.

Diante dos fatos, o homem foi preso em flagrante, encaminhado, inicialmente a uma unidade de saúde para atendimento médico e, em seguida, conduzido à Delegacia de Polícia Civil da região para os procedimentos legais cabíveis.