PF deflagra Operação Arariboia Livre VII contra crimes ambientais no MA

Foto: Polícia Federal

A Polícia Federal no Maranhão deflagrou, nesta terça-feira, 3, mais uma fase da operação Arariboia Livre, com o objetivo de intensificar o combate ao desmatamento ilegal (extração, beneficiamento, comercialização) nas proximidades da terra indígena Arariboia, além de materializar medidas de contenção e outras que contribuam para a desintrusão e combate aos crimes ambientais.

A ação foi desencadeada em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e com o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Maranhão.

Nessa fase, sete empreendimentos foram fiscalizados com o objetivo de verificar a legalidade do funcionamento, bem como a origem da madeira encontrada no local. Em sua maioria, os estabelecimentos não tinham licença dos órgãos ambientais competentes, verificando-se o armazenamento de produtos florestais sem comprovação da origem.

Uma pessoa foi presa em flagrante pelo crime de receptação qualificada e por vender, expor a venda, ou ter em depósito madeira e outros produtos de origem florestal sem licença válida para o tempo de armazenamento.

Foto: Polícia Federal

Desde que a operação Arariboia Livre teve início, no ano passado, houve o cumprimento judicial de 11 mandados de busca e apreensão; fiscalização da Polícia Federal em 98 estabelecimentos madeireiros; prisão em flagrante de 16 pessoas; apreensão de 2.373,772 m³ de madeiras sem Documento de Origem Florestal, além de ter sido destruído/inutilizado grande quantidade de instrumentos utilizados na prática de infração ambiental.

A Polícia Federal continua monitorando os alertas de desmatamentos no estado do Maranhão e planejando ações para reprimir o comércio e a receptação de recursos florestais extraídos de terras indígenas, além de repressão a outros ilícitos ambientais.

PCMA realiza fiscalização em combate a crimes ambientais no interior do estado

Foto: PCMA

A Polícia Civil do Maranhão segue deflagrando suas ações no âmbito da Operação “Protetores dos Biomas”, que visa prevenir e combater, de forma constante, crimes ambientais em áreas de reserva ambiental. Nesta segunda-feira(8), uma equipe de policiais civis receberam informações sobre a utilização madeira extraída de forma ilegal em um estabelecimento na zona rural do município de São Domingos do Azeitão.

Imediatamente, a equipe se deslocou até o local indicado na denúncia e verificou a procedência das madeiras encontradas no estabelecimento. O proprietário do estabelecimento apresentou uma licença da SEMA do local da extração da madeira, bem como indicou o nome do proprietário/responsável pela a área de extração, o qual ouvido informalmente e apresentou toda documentação exigida.

Foto: PCMA

Em Vila Nova dos Martírios

Na sexta-feira(5), uma equipe policial também apurou uma denúncia de um crime ambiental (incêndio em área rural) no município de Vila Nova dos Martírios, a cerca de 100 km de Açailândia. A equipe se deslocou imediatamente para a área em chamas que devido à dificuldade de acesso, impediu a entrada do caminhão dos bombeiros.

Constatada a situação, a equipe iniciou diligências, localizando o dono da área afetada. O proprietário foi intimado a comparecer na 9ª Delegacia Regional de Açailândia, a fim de prestar esclarecimentos.

Em depoimento, o proprietário disse que a área afetada é de pasto seco, e que o incêndio se deu acidentalmente por parte de um funcionário, que pretendia queimar abelhas no troco de uma árvore. Ele ainda apresentou um exibiu vídeo com a área queimada, porém sem resquícios de fogo.

PF conclui 1ª fase da Operação Arariboia Livre com nove presos no MA

Operação Arariboia Livre da PF

A Polícia Federal, juntamente com IBAMA, FUNAI e brigadistas do ICMBio, concluiu a 1ª fase da Operação Arariboia Livre, realizada entre os dias 11 e 20 de Junho, quando percorreu as cidades de Grajaú, Arame e Amarante do Maranhão e fiscalizaram diversos empreendimentos madeireiros instalados nestes municípios, no total de 45 serrarias e movelarias.

De acordo com informações repassadas pela PF, todos os locais estavam funcionando de forma irregular, seja porque não possuíam licença de operação, seja porque possuíam madeira sem origem comprovada, havendo fortes indícios que toda a madeira era oriunda de Terras Indígenas próximas.

Além disso, houve sobrevoos e incursões terrestres nas Terras Indígenas Arariboia, Bacurizinho e Porquinhos, sendo encontrado caminhões realizando transporte ilegal de madeira, madeiras em tora armazenadas e carvoarias em funcionamento.

Durante os trabalhos fiscalizatórios foram apreendidos cerca de 1.000 m³ de madeira, destruídos 15 fornos para a fabricação de carvão, 177 foram maquinários destruídos, 08 pessoas presas em flagrantes e um mandado de prisão preventiva cumprido.

Madeira apreendida na operação

Toda a madeira serrada aprendida foi doada à FUNAI e transportada para comunidades na região, tendo a Polícia Federal realizado o trabalho de escolta dos caminhões.