‘Operação Araribóia Livre’: PF combate comércio ilegal de madeira em Buriticupu

‘Operação Araribóia Livre’ em Buriticupu-MA

A Polícia Federal no Maranhão, juntamente com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), Batalhão Ambiental e brigadistas do ICMBio deflagrou na última terça (28), a 2ª fase da Operação ARARIBÓIA LIVRE, com o objetivo de reprimir comércio irregular de madeira extraída da Terra Indígena Araribóia, localizada no sudoeste do Estado do Maranhão.

A ação ocorre no município de Buriticupu, no Maranhão, e emprega mais de 100 agentes públicos.

Até o momento, 32 empreendimentos madeireiros foram alvos de fiscalização, 74 motores foram destruídos, 11 pessoas foram conduzidas por possuir madeira sem comprovação da origem e também por não possuírem licença para o funcionamento do estabelecimento e três foram presas em flagrante.

O trabalho da Polícia Federal conta com o Programa Brasil M.A.I.S, ferramenta adquirida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública que possibilita o recebimento de imagens de alta definição.

Os investigados responderão, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de receptação qualificada (art. 180, §1° do CPB) e ter em depósito produto de origem vegetal sem licença válida (art. 46, parágrafo único, da Lei 9.605/98), dentre outros.

A operação se trata de uma continuidade de série de medidas que vem sendo adotada no ano de 2023 para frear e reprimir os ilícitos ambientais na Terra Indígena.

PF conclui 1ª fase da Operação Arariboia Livre com nove presos no MA

Operação Arariboia Livre da PF

A Polícia Federal, juntamente com IBAMA, FUNAI e brigadistas do ICMBio, concluiu a 1ª fase da Operação Arariboia Livre, realizada entre os dias 11 e 20 de Junho, quando percorreu as cidades de Grajaú, Arame e Amarante do Maranhão e fiscalizaram diversos empreendimentos madeireiros instalados nestes municípios, no total de 45 serrarias e movelarias.

De acordo com informações repassadas pela PF, todos os locais estavam funcionando de forma irregular, seja porque não possuíam licença de operação, seja porque possuíam madeira sem origem comprovada, havendo fortes indícios que toda a madeira era oriunda de Terras Indígenas próximas.

Além disso, houve sobrevoos e incursões terrestres nas Terras Indígenas Arariboia, Bacurizinho e Porquinhos, sendo encontrado caminhões realizando transporte ilegal de madeira, madeiras em tora armazenadas e carvoarias em funcionamento.

Durante os trabalhos fiscalizatórios foram apreendidos cerca de 1.000 m³ de madeira, destruídos 15 fornos para a fabricação de carvão, 177 foram maquinários destruídos, 08 pessoas presas em flagrantes e um mandado de prisão preventiva cumprido.

Madeira apreendida na operação

Toda a madeira serrada aprendida foi doada à FUNAI e transportada para comunidades na região, tendo a Polícia Federal realizado o trabalho de escolta dos caminhões.