A Polícia Federal compôs, no final de janeiro, Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo, em parceria com integrantes do Ministério do Trabalho e Emprego, da Procuradoria do Trabalho, Defensoria da União e Polícia Rodoviária Federal, tendo atuado nas cidades de Grajaú/MA e Sítio Novo/MA. O trabalho se deu basicamente em carvoarias localizadas na zona rural daqueles municípios.
A identificação e seleção das carvoarias foi realizada com base em uma metodologia de análise de dados e processamento de imagens de satélite, que mapearam as unidades de produção de carvão vegetal.
Entre as carvoarias inspecionadas, houve uma no município de Grajaú, onde os trabalhadores eram submetidos a diversas irregularidades trabalhistas, tais como: excesso de jornada, não concessão de férias, não fornecimento de equipamentos de proteção individual de forma adequada, transporte irregular, entre outras.
No âmbito criminal, foi encaminhado Informação de Polícia Judiciária para instauração de inquérito policial para apuração dos fatos. Se confirmada a hipótese criminal, os investigados poderão responder por crimes de reduzir alguém a condição análoga à escravidão, em razão das condições degradantes registradas durante a fiscalização.